Suspeito de envenenar médico com arsênio é solto no ES; esposa continua presa
01/11/2025
(Foto: Reprodução) Bruna Garcia Barbosa Marinho e Alysson Oliveira Marinho são suspeitos e envenenar médico com arsênio no Espírito Santo
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Allysson Oliveira Marinho, preso em setembro deste ano, apontado pela Polícia Civil como envolvido no envenenamento de um médico de 90 anos, foi solto no dia 23 de outubro. A informação foi confirmada pelo advogado dele, neste sábado (1º).
A esposa de Alysson, Bruna Garcia Barbosa Marinho, denunciada pelo mesmo crime, continua presa. A defesa deles negou o envolvimento de ambos no caso.
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O casal é investigado por, supostamente, envenenar o médico para tentar encobrir um desvio de cerca de R$ 700 mil feito por Bruna, que trabalhou na empresa da vítima por cerca de 12 anos. As suspeitas começaram em março deste ano.
O caso está sob segredo de Justiça, mas a TV Gazeta apurou que Alysson foi solto após o vencimento da prisão temporária, já que o Ministério Público não apresentou denúncia contra ele neste período. Bruna foi denunciada por tentativa de homicídio.
Casal é preso no ES suspeito de envenenar médico com arsênio após desviar dinheiro
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O advogado do casal disse que considera que a justiça foi parcialmente feita, mas a defesa ainda são se encontra satisfeita porque acredita também na inocência de Bruna.
"No decorrer do processo a verdadeira pessoa que fez isso vai acabar aparecendo", declarou o advogado.
Família teme soltura
O médico, vítima do envenenamento, pediu para não ser identificado.
Em nota, o advogado dele, disse que "o médico e sua família estão bastante receosos com a soltura do casal" e que "apesar de Bruna ter alegado em depoimento que adquiriu o veneno em nome do esposo sem que o mesmo tivesse conhecimento, não exclui a suspeita de sua participação, pois trata-se de mera alegação de Bruna e de seu esposo, ressaltando que ele também foi beneficiário dos desvios pecuniários que estão sendo apurados pela Delegacia Especializada de Defraudações.
Bruna Garcia Barbosa Marinho e o marido Alysson Oliveira Marinho são suspeitos e envenenar médico com arsênio no Espírito Santo
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Investigação
Um fio de cabelo ajudou a comprovar que um médico de 90 anos foi envenenado por arsênio. A polícia investiga se uma ex-funcionária da clínica da vítima, em Vitória, e o marido dela envenenaram o homem para encobrir um desvio de cerca de R$ 700 mil entre os anos de 2023 e 2025.
Os suspeitos Bruna Garcia Barbosa Marinho e Alysson Oliveira Marinho foram presos no início de setembro. Eles passaram por audiência de custódia, que determinou que a prisão temporária fosse convertida em preventiva.
O advogado, que representa o médico, contou ao g1 que foi analisada uma mecha de 15 centímetros de comprimento, dividida em três segmentos. Cada uma representava um período de meses que juntas somavam um ano.
"O cabelo cresce, em média, 1,5 centímetros por mês. Eles coletaram um fio de 15 centímetros e ali foi possível analisar um ano. Os índices iniciais apresentados nos primeiros meses foi altíssimo. O do meio também estava bem alto, e o final, bem baixo", explicou o advogado.
O exame foi realizado no final de junho pela Polícia Científica do Espírito Santo. Além disso, o advogado acredita que a contaminação era feita a partir de várias águas de coco que eram compradas e servidas por Bruna.
O advogado de defesa do casal, James Gouvea Freias, disse que os dois são inocentes, e que com o decorrer do presente inquérito a "verdade vai aparecer".
Arsênio foi encontrado em médico de 90 anos de Vitória, Espírito Santo, e suspeita é que ex-funcionária dava água de coco envenenada
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Perigos do arsênio
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o arsênio é uma das dez substâncias de maior preocupação para a saúde pública.
A exposição a arsênio pode causar intoxicação alimentar e reações similares a alergias, câncer em caso de exposição recorrente, e até morte.
Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Vitória (DHPP)
Reprodução/TV Gazeta
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