Com ajuda da nanotecnologia, pesquisadores desenvolvem creme dental que evita manchas e clareia os dentes

  • 09/05/2025
(Foto: Reprodução)
Inovações apresentadas por pesquisadores da Faculdade de Odontologia chamam a atenção da indústria estrangeira, que está licenciando os novos produtos comercialmente. Alunas da Faculdade de Odontologia de Araçatuba, integrantes do grupo de pesquisa que desenvolveu novos tipos de creme dental, gel e enxaguante mais eficientes e seguros com nanotecnologia Arquivo/FOA Pesquisadores da Faculdade de Odontologia de Araçatuba (FOA) desenvolveram novos tipos de creme dental, gel clareador e enxaguante bucal com aplicação de nanotecnologia, que são mais eficientes e seguros, especialmente para as crianças. 📲 Participe do canal do g1 Rio Preto e Araçatuba no WhatsApp As inovações, protegidas por patentes, chamaram a atenção da indústria estrangeira: uma empresa dos Estados Unidos agora explora comercialmente a novidade desenvolvida pela FOA. Novos produtos desenvolvidos por pesquisadores da FOA/Unesp com nanotecnologia são indicados para proteger os dentes das cáries e da erosão resultantes da perda de minerais como cálcio e fosfato Arquivo/FOA O novo tipo de creme dental desenvolvido pelos pesquisadores de Araçatuba reduz a concentração de flúor, porém, sem perder a eficácia anticárie devido à adição de suplementos de fosfato e cálcio. Essa menor concentração tem um objetivo: evitar o desenvolvimento de manchas no esmalte dos dentes em formação, uma condição chamada de fluorose. Ela pode ocorrer geralmente até os sete anos de idade em crianças que engolem em excesso a pasta no momento da escovação. As manchas provocadas pela fluorose nos dentes podem ser brancas, amarelas ou marrons. "Não é um problema de saúde pública, e também não provoca nenhuma dor. Mas as manchas causam desconforto estético nas pessoas", explica o professor e odontopediatra Juliano Pessan, um dos membros da equipe de pesquisa da FOA. Conforme ele, o universo científico e a indústria sempre buscaram alternativas para potencializar a ação do flúor e melhorar os resultados de tratamentos preventivos e terapêuticos. "Há uma pressão social pela estética dentária, porém, sem descuidar da proteção contra as cáries que o flúor proporciona", diz. O pesquisador reforça que o flúor é uma substância segura e critica as fakes news que o associam a doenças. "O flúor é eficiente, e nossa pesquisa potencializa seus efeitos protetores", afirma. Novo creme dental desenvolvido pela FOA foi licenciado por empresa norte-americana para ser explorado comercialmente Arquivo/FOA Tecnologia R3 Desenvolvida em parceria com a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), a pesquisa com nanopartículas utilizou uma tecnologia chamada R3 e chegou a outra patente, combinando diversos compostos que induzem a remineralização profunda dos dentes. De acordo com o diretor da FOA, Adalberto Botazzo Delbem, a tecnologia R3 ainda apresenta vantagem logística, pois elimina a necessidade de embalagens especiais e mantém o custo da produção acessível. Ao contrário dos cremes dentais comuns, que usam certos tipos de cálcio que se dissolvem facilmente e podem formar uma camada dura só na parte de fora do dente, a tecnologia R3 evita esse problema. "Essa camada externa pode impedir que os minerais cheguem até as partes mais profundas do dente, nas quais também são necessários. A nova fórmula permite que os ingredientes façam efeito de forma mais equilibrada e eficiente", explica Delbem. A pesquisa com nanopartículas ainda rendeu a produção de agentes clareadores com substâncias capazes de proteger o esmalte dos dentes contra a perda de minerais, um dos efeitos colaterais mais comuns de tratamentos estéticos. "Essas pesquisas despertam muito interesse fora do país. Quando apresentamos os resultados em congressos internacionais, como ocorreu recentemente na Holanda, as pessoas ficam encantadas", revela Juliano Pessan. O professor revela que outro produto licenciado a partir da pesquisa é uma espuma que pode ser aplicada na higiene bucal de bebês. "Nessa faixa de idade, a escovação é mais difícil. A espuma surge com solução para a higiene da boca", explica Pessan. O grupo de pesquisa de Araçatuba já publicou mais de 100 artigos científicos em periódicos estrangeiros com o resultado do trabalho. Anos de pesquisa Motivado por essas questões, o professor Adalberto Botazzo Delbem iniciou, há aproximadamente 20 anos, em Araçatuba, as primeiras pesquisas que combinavam o trimetafosfato de sódio com o flúor, com o objetivo de chegar às concentrações ideais de ambos os elementos para garantir o efeito protetor aos dentes. Quando assumiu a disciplina de odontopediatria, em 2011, Juliano Pessan deu continuidade às pesquisadas lideradas pelo diretor, e que culminaram, nos últimos anos, na utilização da nanotecnologia. Adalberto Delbem, Juliano Pessan e Tayse Hosida, professores da FOA/Unesp, durante congresso internacional em que apresentaram resultados das pesquisas Arquivo/FOA De acordo com o professor Delbem, a cárie dentária e a erosão dos dentes são problemas comuns e complexos, influenciados por diversos fatores — desde a higiene e alimentação até a qualidade da saliva e a presença de flúor. Embora seja amplamente reconhecido como um agente eficaz na prevenção da cárie, o flúor atua principalmente a superfície dos dentes, deixando regiões internas menos protegidas, conforme explica. Segundo Delbem, a combinação do flúor com os fosfatos apresentados nas novas patentes não apenas previne a desmineralização do esmalte dental, mas também promove a remineralização de áreas mais profundas em lesões — algo que o flúor isoladamente não consegue fazer. "Esse é o pulo do gato", destaca ele. Os novos produtos apresentam concentrações de flúor de 500 até 250 ppm (partes por milhão), enquanto o padrão dos produtos convencionais é de 1.000 ppm. "Conseguimos efeitos iguais ou superiores aos cremes comerciais. O uso das nanopartículas melhora o efeito do fosfato", destaca o professor Juliano Pessan. De olhos nos resultados, uma indústria com sede em Utah (EUA) obteve autorização dos pesquisadores para comercializar o creme dental infantil, que chega ao mercado com concentração de flúor de 200 ppm, suplementado pelo trimetafosfato, e com açúcares naturais como xilitol e eritritol, que não causam cárie. Veja mais notícias da região no g1 Rio Preto e Araçatuba VÍDEOS: confira as reportagens da TV TEM

FONTE: https://g1.globo.com/sp/sao-jose-do-rio-preto-aracatuba/noticia/2025/05/09/com-ajuda-da-nanotecnologia-pesquisadores-desenvolvem-creme-dental-que-evita-manchas-e-clareia-os-dentes.ghtml


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